
Estudantes da Universidade São Marcos protestam na Avenida Paulista, em São Paulo, contra decisão do MEC que descredencia a instituição (24/03/2012) (Isadora Brant/Folhapress)
Estudante do sétimo semestre do curso de direito da Universidade São Marcos, de São Paulo, Daniele Rebelo, de 29 anos, quase perdeu o chão ao saber, no último dia 26, que a instituição seria fechada por determinação do Ministério da Educação. A decisão parecia enterrar muitos sonhos e também 20.000 reais em mensalidades pagas. Para ressuscitá-los, Daniele precisou buscar a transferência para outra universidade. A Uniban foi a escolhida, mas a opção não encerrou seu drama. Para adequar-se à grade curricular da nova universidade, ela precisará cumprir uma carga horária puxada: além de disciplinas regulares, Daniele terá de assistir a aulas de outras dez matérias que não faziam parte da graduação da São Marcos. "Com tantas aulas, não sei como vou fazer para manter meu estágio na Defensoria Pública", diz. Uma alternativa seria postergar a formatura, marcada para o fim de 2013, o que daria mais tempo para o cumprimeiro do currículo. É uma alternativa ruim, avalia Daniele, pois atrasaria sua entrada no mercado de trabalho. Os problemas não param por aí. A mudança repentina exigiu o afrouxamento de laços fraternais construídos com colegas de classe durante os três primeiros anos de universidade. Daniele resume: "Ver minha universidade fechar faltando pouco mais de um ano para a formatura foi um susto terrível." Com pequenas variações, o drama de Daniele é o mesmo vivido por todos os estudantes da São Marcos.
via Veja
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